quinta-feira, 31 de março de 2011

Sexta-feira Feliz e Vestidos de cinema


Para esta sexta-feira Feliz escolhi vestidos que marcaram história no cinema, foram e ainda são copiados por mulheres no mundo todo, afinal, um divino sapato merece um lindo vestido.

Scarlet O'Hara (Vivien Leigh ) - o vestido do churrasco "E o Vento Levou"
Audrey Hepburn - Bonequinha de Luxo
Grace Kelly - Janela Indiscreta


Kate Hudson - Como perder um homem em 10 dias

Keira Knightley - Desejo e Reparação
E eu quando criança queria tanto ser atriz só para poder usar dezenas de vestidos...

sábado, 26 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sexta-Feliz com garotas + sapatos + cinema:

Apesar de a minha sexta não ser assim tão feliz ( trabalharei no sábado ), não vou deixar de comemorar, e para animar mais a conversa que eu, o blogueiro Jopz do Base1Brasil http://b1brasil.blogspot.com/ e a blogueira Nervosa-San do Nervosa http://nervosa-san.blogspot.com/ tivemos, aí vai para a sexta-Feliz de garotas + sapatos + cinema:

A grande Diva Betty Grample, uma das primeiras pin-ups, conhecida como as pernas de 1 milhão de dólares e que fez vários filmes na década de 30 e 40, entre eles "Como agarrar um milionário" com Marylin Monroe.




quarta-feira, 23 de março de 2011

R.I.P. ELIZABETH TAYLOR



R.I.P. ELIZABETH TAYLOR
( Londres, 27 fev/1932 – Los Angeles, 23 mar/2011 )


Hoje o mundo perdeu Elizabeth “Liz” Rosemond Taylor, a grande atriz, a eterna Cleópatra,a Dama, a Diva, talvez a última que tivemos o privilégio de ver ainda em nosso tempo e que compartilhou conosco seu talento, sua beleza, seus expressivos olhos violetas, suas alegrias e suas tristezas nessa maravilhosa sala de cinema que é a vida.








Obrigada Liz.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Siga a estrada de ladrilhos amarelos

"– Sempre é bom começar pelo começo… Dorothy, siga a estrada de ladrilhos amarelos.
– Mas o que acontece se eu for por outro caminho?
– Dorothy, siga a estrada de ladrilhos amarelos!"



Dorothy está me perseguindo... hj pensei nos ladrinhos amarelos várias vezes, talvez pq eu mesma estou procurando meu caminho, perdida no mundo de Oz...

Lembro quando vi O Mágico de Oz pela primeira vez, era um Ano Novo de 1900 e bolinha, o filme era a grande atração da Globo, na data minha irmã havia acabado de nascer e minha mãe ainda estava repousando da dieta, foi um Ano Novo que passei assistindo só eu e meu pai, na sala da nossa casa no Conjunto Saturno e eu fiquei triste e chorei porque minha mãe não podia tomar champagne e estava de cama.

Mais tarde ainda revi com a minha irmã, na mesma tv Philco de caixa de madeira, preto e branco. O que quer dizer que só vi que o filme era Techinocolor, uma inovação para o ano que foi lançado nos cinemas 1939, muito mais tarde. Quando assisti pela enésima vez, agora numa tv novinha e à cores, fiquei meio frustrada que o filme começa em preto e branco...



e só quando a Dorinha, chega em Oz é que ele fica colorido.

Mas todo mundo lembra de O Mágico de Oz ( The Wizard of Oz ), não existe lista de clássicos sem ele, o enredo é simples: Dorothy é levada para uma terra mágica longe de sua casa em Kansas, lá ela deve encontrar seu caminho para o Mágico de Oz para que ele possa ajudá-la a voltar para seu próprio tempo e sua própria vida. Ao longo do caminho ela encontra vários personagens, alguns bons, outros ruins, cada um ajudando o seu progresso ao longo da jornada para encontrar o Bruxo, o espantalho que precisa de um cérebro, um homem de lata que precisa de um coração e um leão que precisa de coragem.
Não preciso dizer que Judy Garland é a perfeita Dorothy, inimitável, inigualável... é um filme perfeito, atemporal. Tem a Bruxa má do Oeste,

















a bruxa de todas as bruxas, assombrando os sonhos de todas as crianças para sempre... e Dorothy, como toda garota que se preza, ainda tem lindos sapatinhos vermelhos mágicos.















Vale a pena seguir pela estrada de ladrilhos amarelos mais uma vez...

Follow the yellow brick road...

domingo, 13 de março de 2011

Se minha vida fosse um filme - nos anos 80

Se minha vida fosse um filme ela teria um ínicio lá nos anos 70 com
Hair, afinal morava numa espécie de comunidade hippie, cabeludos, calças boca de sino, crescendo ouvindo Beatles, Led Zeppelin, Doors e Janes Joplin, entre outros.









Mas seria mesmo nos anos 80 que eu iria estrelar, ainda criança em Os Goonies
e













A Fabulosa fábrica de chocolate,














e ficaria por ali, na fila duaz vezes de ET - o extra terrestre













vivendo Uma história sem fim












tirando muitas Férias Frustradas













então como que por encanto iria entrar na adolescencia com muito estilo e ombreiras em O Casamento de Muriel
- sem o casamento... ao som de ABBA,







inventando moda em A garota de rosa shocking
, sem um James Spader novinho me assediando,
















matando aula com Curtindo a vida adoidado
sem um amigo que o pai tivesse uma Ferrari














de castigo em O Clube dos cinco
não tão divertido assim













já uma Nerd em Jogos de Guerra












sendo criança de novo em Quero ser Grande














voltando ao futuro com De volta para o futuro











me aventurando com Indiana Jones










me apaixonando por River Phoenix em Conta Comigo
















Tom Cruise em Top Gun,



















John Cusack em Digam o Que Quiserem













e principalmente por Rob Lowie em O último ano do resto de nossas vidas .

Como nenhum filme é bom sem uma boa trilha sonora aí vai "Se minha vida fosse um filme nos anos 80"




quinta-feira, 10 de março de 2011

Os 39 degraus ( The 39 steps )

Sinopse: Richard Hannay (Donat) está de férias em Londres e conhece uma mulher misteriosa que lhe fala alguma coisa sobre o caso de um homem que está sendo perseguido por envolvimento em uma trama de espionagem. Porém, a mulher é assassinada e Richard, mesmo sabendo dos riscos que corre, decide tentar resolver o mistério.
Elenco:
Robert Donat - Richard Hannay
Madeleine Carroll - Pamela
Lucie Mannheim - Srta. Annabella Smith
Godfrey Tearle - Professor Jordan
Peggy Ashcroft - Margaret
John Laurie - John,
Helen Haye - Sra. Louisa Jordan

Fã de clássicos e já com o ingresso comprado para a peça de mesmo nome que estará no Festival de Teatro de Curitiba com Dan Stulbach e Danton Mello no elenco, fiquei rebatendo o sono na madrugada de ontem para assistir no TCM: Os 39 degraus, filme dirigido por Alfred Hitchcock, lançado em 1935 e a mais notável adaptação da história do escritor escoces John Buchan, que teve diversas versões para o rádio, tv, cinema e teatro.


Este filme é um dos primeiros trabalhos do cineasta e o qual lhe trouxe fama internacional, catapultando-o para Hollywood, nele pode-se notar a marca hitchcockiana: um homem inocente acusado injustamente, uma viagem de trem, casamentos felizes contra uniões infelizes, um homem comum em acontecimentos extraordinários, uma atrapalhada polícia, cenas levemente picantes, uma icy blonde que não parece muito suscetível ao charme do herói...

Donat está ótimo como o solteiro charmoso que é surpreendido por uma má sorte incrível, usando de raciocínio rápido e não se deixando abalar, se mantém um perfeito cavalheiro mesmo algemado a platinada mocinha Pamela, interpretada com naturalidade e inteligência por Carroll. Todo elenco de apoio é ótimo, Mannheim como a misteriosa espiã, o vilão interpretado por Sir Godfrey Tearle com Helen Haye como sua imperturbável esposa (ela pergunta se o senhor a quem o marido está apontando a arma vai ficar para o almoço). A jovem Dame Peggy Ashcroft como a esposa sofredora de um fazendeiro escocês, interpretado por Hugh Laurie, que ajuda o herói a escapar, eu também ajudaria já que ele pede assim com tanto jeitinho...
Hitchcock aparece no comecinho do filme como um traseunte que joga um papel na rua quando Donat e Mannheim estão pegando o onibus.


Os 39 degraus é um filme dinamico, de humor negro, divertido, inteligente e que antecipa o grande Diretor que Hollywood iria conhecer.
Agora esperar para conferir a peça no Festival dia 06 de abril.

Abaixo trechos do filme e da montagem brasileira da peça:



sábado, 5 de março de 2011

...never trust a man whose eyebrows meet in the middle.

Na companhia dos Lobos ( The company of wolves ) - 1984
~~cuidado pode conter spoilers ~~



A frase acima está incompleta, o conselho da vovózinha da chapeuzinho vermelho é:
"Never stray from the path, never eat a windfall apple and never trust a man whose eyebrows meet in the middle." ou numa tradução livre " Nunca desvie do caminho, nunca coma uma maça que caiu do galho e nunca confie num homem cujas sombracelhas se juntam... " sábia essa vovozinha...rs


A história da Chapéuzinho Vermelho teve muitas versões ao longo dos séculos, a primeira ela nem tinha um manto vermelho, ela simplesmente era uma menininha que acaba sendo comida por um lobo, sem moral da história, sem e foi feliz para sempre... até que os irmãos Grimm a reescreveram e lhe deram o capuz vermelho e uma série de regras a seguir até a casa da vovózinha, bem como, de última hora ela e a avó são resgatadas com vida e inteiras da barriga do lobo pelo heróico caçador.

No filme "Na companhia dos Lobos" dirigido por Neil Jordan e escrito por Angela Carter, conta a história através de sonhos assustadores de uma jovem adolescente, entrando em sonhos dentro de sonhos e contos dentro de contos, alguns contados pela menina Rosaleen ( a chápeuzinho ) e outros pela vovózinha dela, nada simpáticos e muito assustadores... fica clara a ameaça, até predatória, da sexualidade masculina, Rosaleen é advertida pela avó para "não se desviar do caminho" e que os lobos se parecem com homens " mas são peludos por dentro". Entretanto, "Na companhia dos lobos", não é um filme de uma única nota, a própria mãe da Rosaleen lembra: " se há uma fera nos homens, ela encontra seu par nas mulheres também." Sugere que embora a sexualidade adulta seja ameaçadora, é também desejada pela jovem Rosaleen...


Tudo tem seu simbolismo no filme, é pura psicanálise, no início Rosaleen é vista dormindo num quarto de criança, cheio de brinquedos, mas traz os lábios coloridos de batom vermelho e sonha que sua irmã mais velha é atacada por um urso de pelúcia e uma boneca vestida de marinheiro e, ao final devorada por lobos... sugere que enfrentar a vida adulta despreparada é muito perigoso...
Já a jovem Rosaleen, sabe se cuidar muito bem na floresta sózinha, ouve as advertencias da avó e da não tão puritana mãe mas segue seu caminho, confiando em seu próprio instinto e deixa-se, conscientemente, seduzir e ser seduzida por um estranho na floresta ( cujas sombracelhas se juntam no meio ).
O lobo/caçador arrebenta a cabeça da avó, que se mostra de porcelana, como as bonecas de Rosaleen ( a que sonha no começo ) e esta, ao encontrar o lobo na casa da avó, já não o estranha, não é mais uma menina, o enfrenta, sem medo e transformando-se também em lobo, segue junto com seu par, pelas florestas escuras da vida.

Os lobos no filme não são somente machos, há lobos femeas também, confirmando a sagaz e prática mãe de Rosaleen, ela se transforma voluntariamente numa loba, revertendo o papel de vítima das histórinhas da carochinha... e segue seu lobo.

O cenário providencialmente artificial, torna-se interessante e mesmo com algumas falhas, é um filme extremamente inteligente, acompanhando a transformação da Rosaleen em mulher e o final, com o lobo entrando violentamente pela janela e destruindo os brinquedos, numa metáfora do fim da infância... é... soberbo... adoro esse filme!!! Já o assisti algumas vezes, é um filme de terror sim, mas psicanaliticamente desafiador.

"Na Companhia dos Lobos" só Freud explica...