quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Novos vícios britânicos - séries

Que eu gosto das séries britanicas já é notório, a favor defendo que as séries e seriados da terra da Rainha tem temporadas mais curtas, o que deixa pouco espaço para embromação, atuações mais convicentes, fotografia caprichada e roteiros inteligentes que não subestimam seu telespectador.
Claro que há porcarias também mas nem vou entrar no mérito, citarei abaixo alguns novos “vícios” que encontrei, séries que vale a pena dar uma olhada:

Case Histories


O detetive particular Jackson Brodie é interpretado por Jason Isaacs ( o pai do Malfoy em Harry Potter ), é um cara legal, boa pinta, ( saradão ), ex-policial que ajuda velhinhas a encontrar seus gatos perdidos, sem cobrar por isso, sempre às voltas com muitas mulheres por quem é visto apenas como homem-objeto... e acaba pegando casos de mulheres desaparecidas além de procurar por assassinos de mulheres, tem uma ex-esposa que o odeia, uma filha que o adora ( as cenas dele com a filha são as mais fofas da série ), uma secretária que diz o que pensa e uma antiga colega de trabalho que tem uma queda por ele... e assim segue...
O primeiro episódio que vi ontem é intrigante tem um pouco de Wallander ( série sueca que teve uma versão inglesa ), divertido, bonito de olhar, não só pelo dorso tatuado de Jackson mas porque tem como pano de fundo a cidade de Edinburgh e belas paisagens da Escócia, o que já vale uma conferida.





Sherlock



Uma série que a princípio a BBC não apostava muito, uma renovação das histórias do detetive e que se passa na Londres dos dias atuais. Considerada uma produção muito cara, a série já foi quase cancelada mas acabou se tornando cult e, se as filmagens de Hobbit deixarem ( os protagonistas estavam filmando na Nova Zelandia ), retornará no ano que vem com mais 3 episódios de 90 minutos, o primeiro teaser já estreou na BBC. Ufa... ainda bem porque é uma das melhores coisas que assisti nos últimos tempos...
Protagonizada por Martin Freeman e Benedict Cumberbatch, como Dr. Watson e Sherlock Holmes respectivamente, e produzida por Steven Moffat, responsável por Dr. Who entre outros, mantém os mesmos métodos de dedução do velho Holmes mas os tempos são outros, o que torna fascinante o modo como ele tirará suas conclusões e de onde tirará. Cumberbatch está perfeito como Sherlock, a cara que ele faz quando fica impaciente com reações perfeitamente humanas é ótima, um nerd chic, charmoso mas assexuado, ( longe do caricato nerd Sheldon de Big Bang Theory ), o Dr. Watson de Freeman também está excelente, mais próximo dos livros de Sir Arthur Conan Doyle do que do bobo retratado em outras produções. Watson é agora um médico convalescente da guerra do Afeganistão e procurando alguém para dividir apartamento em Londres, vai parar justo na 221B, Baker Street, lógico e elementar...
Os episódios são divertidos, inteligentes e principalmente convincentes.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

91 Rock e o fim...

Estou me sentindo triste hoje, sem a 91 Rock no dial... Faço minha indignação a do blog Rodopiou veja aqui , a radio rock de Curitiba cede lugar para mais uma pop-eme a RadioMix, só mais uma no dial quando a 91 Rock era um oasis no meio do deserto musical que são as rádios comerciais. Aqueles que como eu, ainda choram o fim da grande Estação Primeira FM - a maldita, se sentem agora mais uma vez orfãos e aqueles que não conheceram vai aí um link que diz tudo.



O Rock está só...
This is the end...

                           







segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Downton Abbey

Sem muitas pretensões comecei a assistir ontem a série britânica Downton Abbey, como sou fascinada
por Jane Austen e afins, me encantei já no primeiro capítulo. Procurando algo pra ver na tv e não
encontrando, assisti por um desses sites de filmes online.
A série derrotou este ano no Emmy a favorita Mildred Pierce da HBO, levando 4 premios, outros prêmios:
“Downton Abbey” também entrou para o Guinness book por ser a primeira série britânica a conquistar 92% de aceitação crítica nos EUA desde a estreia de “Mad Men”.
A série criada por Jullian Fellowes (Assassinato em Gosford Park) narra a vida da família Crawley e sua relação com os empregados da casa. Inicialmente situada na década de 1910, a história começa um dia após o naufrágio do Titanic, avançando ao longo dos anos. A série apresenta o declínio da aristocracia através das decádas, pretende chegar a 1950, apesar da autora dizer que a série irá somente até pós primeira-guerra. Vamos aguardar...



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não me abandone jamais - Never let me go

Não Me Abandone Jamais PosterMelancolia... é como defino este filme baseado no best seller do escritor nipobritanico Kazuo Ishiguro. Assistindo hoje, num dia de finados, ele ganha uma dimensão maior, triste, intensa... afinal como seria nossa vida se soubéssemos quando e como morreríamos?

Não me Abandone Jamais do Diretor Mark Romanek, estrelado por Carey Mulligan, Keira Knighthley e Andrew Garfield.

Sinopse: Em 1952, desenvolveu-se a cura para todas as doenças. Em 1967 a expectativa de vida é de 100 anos.
Ruth, Tommy e Kathy cresceram juntos em um internato cheio de disciplinas rígidas nas questões da alimentação e na manutenção do corpo saudável. Criados, praticamente, sem contato com o mundo exterior na misteriosa escola, os tres sempre foram muito unidos, mas uma revelção surpreendente sobre doação de órgãos e o objetivo de suas vidas pode mudar o rumo da história.


Cuidado a partir daqui pode haver spoilers.


No começo do filme quando aparece a professora novata, que burla as regras da escola e conta a verdade aos seus alunos, eu logo pensei: ela incitará uma revolução que resultará como no filme A Ilha, quando clones são criados com a finalidade de doar seus órgãos, mas logo vi que o filme não iria descambar para o melodrama e nem iria virar um filme de ação e perseguição. Ele seguiria calmo e poeticamente, terminando por me deixar sentada no sofá atônita, com lágrimas correndo pelo rosto e aquela sensação incômoda da própria mortalidade. É um filme de ficção científica e se passa numa realidade alternativa, no passado e não no futuro, o que o torna mais crível. Sem pirotecnias, sem efeitos especiais, é sensível, denso e perturbador. Não me Abandone Jamais me fez pensar se realmente vivo o bastante, se haverá tempo e se não haverá tempo para tudo, e mais que tudo, se isso realmente importa?



"Talvez nenhum de nós realmente entenda o que passamos... ou sinta que tivemos tempo o bastante."
( Kathy H. Não me abandone jamais / Never let me go)