
Não me Abandone Jamais do Diretor Mark Romanek, estrelado por Carey Mulligan, Keira Knighthley e Andrew Garfield.
Sinopse: Em 1952, desenvolveu-se a cura para todas as doenças. Em 1967 a expectativa de vida é de 100 anos.
Ruth, Tommy e Kathy cresceram juntos em um internato cheio de disciplinas rígidas nas questões da alimentação e na manutenção do corpo saudável. Criados, praticamente, sem contato com o mundo exterior na misteriosa escola, os tres sempre foram muito unidos, mas uma revelção surpreendente sobre doação de órgãos e o objetivo de suas vidas pode mudar o rumo da história.
Cuidado a partir daqui pode haver spoilers.

No começo do filme quando aparece a professora novata, que burla as regras da escola e conta a verdade aos seus alunos, eu logo pensei: ela incitará uma revolução que resultará como no filme A Ilha, quando clones são criados com a finalidade de doar seus órgãos, mas logo vi que o filme não iria descambar para o melodrama e nem iria virar um filme de ação e perseguição. Ele seguiria calmo e poeticamente, terminando por me deixar sentada no sofá atônita, com lágrimas correndo pelo rosto e aquela sensação incômoda da própria mortalidade. É um filme de ficção científica e se passa numa realidade alternativa, no passado e não no futuro, o que o torna mais crível. Sem pirotecnias, sem efeitos especiais, é sensível, denso e perturbador. Não me Abandone Jamais me fez pensar se realmente vivo o bastante, se haverá tempo e se não haverá tempo para tudo, e mais que tudo, se isso realmente importa?
"Talvez nenhum de nós realmente entenda o que passamos... ou sinta que tivemos tempo o bastante."
( Kathy H. Não me abandone jamais / Never let me go)