Quando o livro é bom

Foi com esse tema da série inglesa Agatha Christie's Poirot que terminei
a maioria das minhas noites por meses, desde dezembro até agora.
Já sem paciência de zapear pelos canais da tv aberta ou a cabo... que nada
tem acrescentado.

Dizem que quando terminamos de ler um livro muito bom sentimos como se
perdessemos um amigo, eu digo o mesmo da série da ITV britânica Agatha
Christie's Poirot quando vi o último episódio "The Orient Express" umas semanas
atrás,depois de acompanhar as 12 temporadas da série, cada uma em média
com 4 a 6 episódios. A sensação foi realmente de perder um amigo, nesses meses,
me tornei amiga de M. Hercule Poirot e agora não sei a quem consultar.Poderia
dizer que desenvolvi uma paixão platônica pelo pequeno detetive belga.

A série prevê ainda uma continuação em 2013 com o mesmo David Suchet espero,
explêndido no papel de sua carreira.

Enquanto isso vou revendo os episódios como quem fica revendo um album de
fotos daquelas férias maravilhosas. Aproveitarei para fazer um estudo mais
aprofundado de cada um, revendo a arquitetura Art Deco, a decoração e a moda que passa pelas décadas de 20 a 40, num desfile de elegantes vestidos,
chapéus, luvinhas... destaque para o bom gosto na escolha do guarda-roupa da Miss Lemon, a eficientíssima secretária de Poirot.

Há quem prefira o Poirot do Peter Ustinov, mas para mim o David Suchet personificou o Poirot que eu imaginava ao ler os livros da grande Dama do crime.
Coincidentemente a ITV começou sua série em 1989, um ano depois do último filme do detetive estrelado por Ustinov e há 23 anos David Suchet interpreta o detetive belga na tv inglesa com tanta maestria que o transformou em uma obra de arte.
Ao longo da série você percebe que ele muda um pouco o bigode,
aumenta um pouco o tom afetado de falar, caricatura um pouco o
jeito de andar do detetive mas sem que isso incomode
ou atrapalhe. Não há como deixar de pensar em David Suchet
como Hercule Poirot.


A elegante e eficiente Miss Lemon e também 
meu atual ícone da moda.


Os adoráveis companheiros nas aventuras de Poirot são Capitain Hastings
(Hugh Fraser), Inspector Japp (Philipp Jackson) e Miss Felicity Lemon
(Pauline Moran), tão bem interpretados que é difícil separá-los de uma família.
É do Capitain Hastings a melhor definição do amigo:

An extraordinary little man! Height, five feet four inches, egg-shaped head carried a little to one side, eyes that shone green when he was excited, stiff military moustache, air of dignity immense! He was neat and dandified in appearance. For neatness of any kind he had an absolute passion. To see an ornament set crookedly, or a speck of dust, or a slight disarray in one's attire, was torture to the little man until he could ease his feelings by remedying the matter. 'Order' and 'Method' were his gods. He had a certain disdain for tangible evidence, such as footprints and cigarette ash, and would maintain that taken by themselves, they would never enable a detective to solve a problem. Then he would tap his egg-shaped head with absurd complacency, and remark with great satisfaction: 'The true work, it is done from within. The little grey cells - remember always the little grey cells, mon ami!'



Da esquerda para a direita: Japp, Poirot, Hastings e Miss Lemon

Ao longo da série você pode ver alguns atores que estavam no início
de suas carreiras, como Joely Richardson, Polly Walker, Nathaniel Parker,
Jeremy Northam, Damian Lewis, Rupert Penry-Jones, Kelly Reilly e como
a série foi ficando badalada mais recentemente é possível ver alguns dos novos
rostos da Tv britânica: Christina Cole, Zoe Boyle, Tom Riley,
Jemima Rooper, Elliot Cowan e até mesmo Emily Blunt. E ia esquecendo um
dos meus atores preferidos do momento Michael Fassbender.


Aqui o site oficial da série ITV-Poirot

Figurinos, decoração, arquitetura são uma atração à parte, aqui um desfile de chapéus:




e Aprenda a se vestir com Miss Lemon:


Minha nova aquisição, luvinhas à lá Miss Lemon:

Art-Deco está espalhada por toda a série:






Como a série é muito boa e extensa, vou comentar aos poucos ano a ano, na medida
do possível... aqui um guia do primeiro ano:

• 1ª Temporada - (1989)

• 1º episódio - The Adventure of the Clapham Cook
• 2º episódio - Murder in the Mews
• 3º episódio - The adventure of Johnnie Waverly
• 4º episódio - Four and twenty blackbirds
• 5º episódio - The Third Floor Flat
• 6º episódio - Triangle At Rhodes
• 7º episódio - Problem At Sea
• 8º episódio - The incredible theft
• 9º episódio - The King Of Clubs
• 10º episódio - The Dream

Era uma vez... um cinema

Passei hoje em frente ao antigo Cine Bristol que havia virado igreja e agora
está prestes a virar pó... me deu uma saudade de um tempo que passou e
não volta mais e um dó de ver um lugar que tantas pessoas passaram momentos
de drama, comédia, suspense, ação... se acabar assim.
Lembro que passava por ali quase sempre quando criança e adolescente, pois
pegava o onibus ali atrás da catedral para ir para o Pilarzinho onde morava.

O Cine Bristol da minha infância foi inaugurado em 15 de maio de 1976, 
coincidentemente fez 36 anos esta semana, ou faria se ainda existisse, ficava .
localizando no antigo prédio da família Hauer que foi uma choparia, depois
Teatro Hauer e em 1947 o cine Marabá. 
Nesse dia de inauguração o cine Bristol abriu com  "A Volta da Pantera 
Cor-de-Rosa",1975, de Black Edwards, com Peter Sellers. 


Theatro Hauer, na Rua Mateus Leme, onde consta ter sido o local da primeira projeção de cinema em Curitiba, em 1897. Ali se instalou também o Cine Marabáe depois o Cine Bristol.





A foto é de 1904


Veja abaixo uma reportagem da época da inauguração, muito interessante.

Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de maio de 1976

Confirmado: dia 22, sábado, Curitiba ganha um novo cinema - o Bristol, na Rua Mateus Leme. 

O quase centenário prédio da família Hauer, que foi choparia, e teatro no início do século e que, 

após 1947, por iniciativa de Paulo Sá Pinto transformou-se no Cine Marabá, teve nova reforma, 

passando agora a integrar o circuito de casa de primeiro time da cidade. xxx Em 1962, o cine 

Marabá já havia sofrido uma substancial reforma, quando teve sua frequência revitalizada.

 Entretanto, nos últimos anos a frequência do público vinha caindo, de forma que agora o 

exibidor Arnaldo Zonari, arrendatário da casa, investiu mais de Cr$ 300 mil, fazendo uma 

maquiagem completa. O cinema não muda apenas de nome, mas também de aspecto: de 

900 para 600 poltronas, permitindo maior conforto, sistema de ar condicionado, nova decoração, 

uma sofisticada sala de espera e, o que é fundamental, a mais selecionada programação. xxx

 Em sistema road-show - isto é, lançamentos de grandes filmes para permanecerem várias 

semanas em cartaz - o Bristol reabre sábado com "A Volta da Pantera Cor-de-Rosa", 1975, 

de Black Edwards, com música de Henry Mancine (já editada em lp no Brasil) com Peter Sellers 

vivendo o atrapalhado detetive Closeau. Depois, um vigoroso filme sobre a CIA: "Os 3 dias do 

Condor". "Barry Lyndon", a superprodução de Stanley Krubrick, também lançado no Bristol. xxx 

A propósito de Kubrick: hoje é relançado (Vitória) seu filme mais famoso "2020 - Uma Odisséia 

no espaço" e, em julho, o Cinema 1, reprisa "Glória Feita de Sangue". Só fica faltando "Laranja

 mecânica". Mas este falta em todo o Brasil. E vai continuar faltando...

Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:

Veiculo:Estado do Paraná

Caderno ou Suplemento:Nenhum

Coluna ou Seção:Tablóide

Data:15/05/1976

SEM VOZ

O título desse post me lembra um antigo programa eu acho que da estinta
rádio Estação Primeira FM chamado "Sem Voz" onde só rolava música
instrumental, de rock. Mas não é sobre isso que quero falar, esta semana
eu estava sem voz, ou com a voz rouca (me recuperando
da maratona de gritinhos do show do Duran Duran) e lembrei das grandes
vozes do cinema, que quero citar.
Sabe aquela voz, aquele timbre que você adoraria que lesse para você antes
de dormir, no meu caso algumas vozes masculinas:


O irlandês Gabriel Byrne


O americano Clint Eastwood


Outro americano Morgan Freeman


O inglês Jeremy Irons


Outro inglês Ian McKellen




Mais um inglês e o meu favorito Alan Rickman




Outro favorito e de quem eu tenho alguns audiobooks (sim ele lê para mim
antes de dormir...)
o inglês Richard Armitage


Agora meninos me digam se estou enganada, mas as vozes femininas
que são consideradas as melhores:

A americana Mira Sorvino


A inglesa Elisabeth Hurley


Outra americana Scarlett Johanssen


Mais uma americana Kathleen Turner


A inglesa Kate Winslet


E os sempre lembrados:

Cary Grant


E porque não adianta só fazer pose sexy tem que soar sexy: Marilyn Monroe

OCUPADÍSSIMA GAROTA DELPONTE

Sinto não poder atualizar o blog com mais frequencia, mas além de
problemas e tarefas demais no meu trabalho, não tenho ido muito
ao cinema ou até visto filmes.
Mas como sou muito fã fui conferir o show do Duran Duran no
Credicard Hall em São Paulo dia 02 de maio passado, e como esse blog
é sobre cinema e afins e também o blog é meu...rs... vai aí umas fotinhos
do show e nem preciso dizer que o show foi ótimo já que segundo o próprio
vocalista Simon Le Bon, via tweeter "Yes indeed, the show in SãoPaulo
may well have been one of the best in DD's career." Além do que consegui
um lugarzinho bem perto do palco, loucura total para uma duranie sem conserto :

Momento delírio, Simon chega perto da gente:

Euzinha ao final do show... valeu a pena.

Um videozinho, a qualidade da camera não ajuda a filmar e a emoção tb não, Save a prayer, essa todo mundo conhece:
 

outra conhecida: Ordinary World com a Fernanda Takay do Pato Fu